quarta-feira, 20 de abril de 2011

evolucao do ouvido

A partir de um fóssil do Cretáceo Inferior, surgem hipóteses de como o aparato auditivo dos mamíferos evoluiu.

Um fóssil de crânio de Liaoconodon, coletado na China, na Formação Jiufotang, mostra que os ossos do ouvido médio, nessa espécie, ainda eram conectados à mandíbula.

O ouvido médio de mamíferos se constitui de três ossos, martelo, estribo e bigorna, que conduzem até o ouvido interno as vibrações que chegam ao tímpano. Os paleontólogos perceberam que os ossos do ouvido médio ainda se encontram ligados à mandíbula - nos mamíferos atuais, eles se encontram separados.

O Liaoconodon é um mamífero pertencente a uma l inhagem extinta de mamíferos, os eutriconodontes. A excelente preservação deste exemplar permite, assim, avançar na compreensão de como se desenvolveu a nossa audição.

Mammalian evolution: A jaw-dropping ear
http://www.nature.com/nature/journal/v472/n7342/full/472174a.html

Patrimônio geológico dilapidado

O Folhelho Burgess (Burgess Shale) é um dos raros lugares no mundo que preservou fósseis do Cambriano, saindo dali importantes informações sobre com surgiram seres pluricelulares - na época, apenas invertebrados. Situado nas Montanhas Rochosas canadeneses, foi grande fonte de pesquisa para entender a evolução dos seres vivos - em última instância, de nós mesmos.

Foi a partir dos fósseis coletados em Burgess Shale que a Paleontologia definiu o que veio a se chamar a "Explosão Cambriana", o repentino (em termos geológicos) surgimento de uma grande biodiversidade, a mais antiga documentada. Trilobitas como o mostrado a seguir, habitavam os mares daquela época (foto de http://www.wagner.edu/news/node/1392).


Eram animais estranhos, muito diferentes, na maioria, do que encontramos hoje - ainda que algumas raras espécies possam ser vistas ainda hoje, como é o caso do Peripatus acacioi, existente apenas na região de Ouro Preto (MG) (foto copiada da Science Photo Library).


Uma reconstituição artística da biota cambriana dá uma ideia de como seriam aqueles bichos. O desenho abaixo é do site da banda alemã Burgess Shale. Já pensou? Tão significativo que virou nome de banda! (Deve ser de estudantes de Geologia).


Foi por isso que senti enorme pesar quando li, em um artigo sobre a proposta de formar um banco de dados sobre fósseis, que o Folhelho Burgess "é um local bem conhecido e foi pilhado até a morte", segundo Jonathan Antcliffe, paleobiólogo da britânica Universidade de Bristol.

Aqui, como na Argentina, coletar fósseis é ilegal. Nos Estados Unidos, só é ilegal nas terras públicas. No Canadá, como aqui, o patrimônio da humanidade continua sendo dilapidado por pessoas com interesse apenas no seu enriquecimento pessoal.

Fossil data enter the web period
http://www.nature.com/news/2011/110411/full/472150a.html

(Palaeontologists call for more sharing of raw information)

Usinas nucleares e terremotos

A imagem abaixo mostra a distribuição de usinas e demais instalações nucleares em todo o planeta, bem como a chance de ocorrência de terremotos. A cor indica, de baixo para cima, a maior sismicidade. Verifique que as usinas brasileiras se encontrma fora de qualquer risco de abalos sísmicos.


Leia o artigo Nuclear power stations and reactors operational around the world: listed and mapped:
http://www.guardian.co.uk/news/datablog/2011/mar/18/nuclear-reactors-power-stations-world-list-map

http://bit.ly/fnbYpI