sexta-feira, 13 de maio de 2016

Um "açougue" de 14.550 anos

Arqueólogos subaquáticos descobriram antigo "açougue" de cerca de 14.500 anos. A importância da descoberta, publicada na revista Science Advanced e divulgada na Nature é trazer à luz mais uma evidência de que a colonização das Américas começou antes do que a ciência oficial (norte-americana) defende. Uma faca com restos orgânicos permitiu a datação, através do Carbono-14, permitiu aquela datação.

Uma presa de mastodonte de mesma idade encontrada no local há alguns anos por outra equipe mostra claramente marcas atribuídas aos esforços de pessoas tentando removê-la do crânio do animal.

Esta descoberta vem se somar a outras que questionam a "hipótese Clóvis" segundo a qual os primeiros humanos a chegar às Américas o fizeram há  cerca de 12 mil anos, atravessando o Estreito de Behring, que teria ficado exposto durante a Idade do Gelo, formando um corredor de terra firme batizado de Beríngia. Ela tem esse nome  porque, em 1932, foram encontrados na cidade de Clovis, no Novo México (EUA), artefatos líticos e ferramentas feitas com ossos.

David Madsen, arqueólogo da Universidade do Texas em Austin, conhecido por ser muito rigoroso sobre quando as Américas foram primeiramente colonizadas, está convencido e acredita estar na hora de reexaminar os locais onde houve datações anteriores a 13.500 anos. Ele comenta:

-"Agora que o paradigma Clovis-first está amplamente refutado, podemos reavaliar as evidências originais desses sítios com trabalhos cuidadosos, usando técnicas modernas".

Outras descobertas pré-Clovis foram feitas no Chile e no Oregon (EUA). Mas os trabalhos mais polêmicos são os da arqueóloga brasileira Niède Guidon (wikipedia), que afirma ter encontrado carvões datados com 60 mil anos no Boqueirão da Pedra Furada, no Piauí.

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